sábado, 22 de dezembro de 2012

Projeto Orion


O Projeto Orion teve início no ano de 1958 nos Estados Unidos, e durou 7 anos. Consistia em um método de propulsão de naves espaciais que utilizaria a energia das explosões de diversas bombas atômicas, detonadas na parte de trás da espaçonave e que produziria grande velocidade.
O engenheiro Freeman Dyson, que conduziu o projeto, acreditava que o motor de pulso nuclear era uma abordagem muito melhor para se alcançar o espaço, do que os tradicionais foguetes químicos. Isso porque estes últimos eram e são caros demais e colocam pequenas cargas no espaço.
Funcionamento



Dyson concebeu uma nave de 10.000 toneladas que alcançaria a órbita da Terra com a força das explosões de bombas nucleares de 0,1 Kilontons, ejetadas a taxa de 1 por segundo, até o veículo iniciar a aceleração, quando bombas de 20 Kilotons explodiriam a cada vinte segundos. Seriam necessárias 2000 unidades de pulso para atingir-se a velocidade de escape da Terra. Vários perfis de missões foram concebidos, inclusive uma versão interestelar de uma nave com 40 milhões de toneladas, impulsionada pela força de dez milhões de bombas atômicas. Com esse sistema, é possível enviar grandes expedições à Lua, a Marte e Júpiter. Essa espaçonave poderia alcançar até 12% da velocidade da luz, utilizando bombas termonucleares, o que tornaria uma viagem a sistemas estelares próximos uma tarefa de décadas ou poucos séculos ao invés dos milhares de anos necessários usando foguetes químicos.


Contudo, após a criação da Nasa e devido a uma série de fatores, como o fato de os especialistas da Nasa conhecerem melhor foguetes químicos, e a agência não querer atrair crítica pública pelo fomento à detonação de bombas nucleares, cortou-se o financiamento ao Projeto Orion. Apenas a Força Aérea dos Estados Unidos ainda liberou recursos muito limitados para a condução dos estudos e experimentos. Além disso, em 1963 foi assinado um Tratado Internacional de proibição de testes nucleares na atmosfera, entre Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha, o que tornou o Projeto Orion ilegal pelas leis internacionais.
A Força Aérea anunciou então que continuaria financiando o Projeto Orion apenas se houvesse uma contrapartida da Nasa. Porém, a Agência Espacial Americana tornou público em 1965 que estava cortando todas as verbas para o Projeto Orion. Em seguida a Força Aérea cancelou-o, tendo sido gastos 11 milhões de dólares durante seus 7 anos de duração.
Fonte: Wikipedia
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